As polícias federal e militar prenderam um homem, de 28 anos, que estava foragido e é apontado como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa paulista. Renato Carvalho de Azevedo, conhecido como Fuzil, 28 anos, foi preso na última segunda (18), em um apartamento localizado no bairro Maurício de Nassau, área nobre da cidade de Caruaru, no Agreste.
A prisão aconteceu através de troca de informações repassadas pelos setores de inteligência das polícias federal e militar do estado de São Paulo para as representações da Polícia Federal e Militar de Caruru, que apontava a possível localização do foragido e integrante do PCC. De posse dessas informações foi montada uma ação conjunta e os militares do 4º BPM de Caruaru e se dirigiram até o local indicado para averiguar a veracidade das informações e tentar prender o integrante da facção criminosa.
A ação teve seu destino final quando os militares ao se dirigirem para o 11º andar do Edifício que fica localizado na Rua Fernão Dias Paes, no bairro Maurício de Nassau, e encontraram o foragido na companhia de sua esposa e de seus dois filhos.
Ao ser feita uma busca minuciosa no interior do apartamento os militares encontram no guarda roupa uma pistola calibre Ponto 380 com dois carregadores sem documentação, cerca de 80 munições Ponto 380, seis aparelhos celulares, quatro facas, 70 gramas de maconha. Na garagem também foram arrecadados três veículos (Honda Fit, preto, placas de Caçapava/SP – Fiat Strada, branco, placas de Feira de Santana/BA, Hyundai HB-20, marrom, placas de São José dos Campos/SP e uma moto Honda XRE-300, preta, placas de São José dos Campos/SP) além de pequena quantidade de maconha.
Todos os veículos estavam com sinais de adulteração do chassis. O preso informou ainda que não possuía nenhum documento verdadeiro e que todos que estavam sob seu poder eram falsos. O material apreendido foi levado para a Delegacia da Polícia Federal em Caruaru. Segundo a PF, Renato possuia quatro mandados de prisão em aberto das Justiça de São Paulo e Bahia.
O suspeito foi autuado em flagrante pelo crime contido nos artigos 12 da Lei nº 10.826/2003 (posse irregular de armas de fogo de uso permitido), 28 da Lei nº 11.343/2006 (posse de drogas) e 1º da Lei nº 9.613/1998 (lavagem de dinheiro e ocultação de bens). Se condenado, pode pegar penas que variam de 3 a 12 anos de reclusão.
Na última terça-feira (19), ele foi levado para realizar Exame de Corpo de Delito no Instituto de Medicina Legal (IML), em Carurua, e depois foi encaminhado para audiência de custódia onde foi confirmada sua prisão preventiva, sendo conduzido para o sistema prisional de Limoeiro, no Agreste, onde ficará à disposição da Justiça.
Em seu interrogatório o preso confessou que chegou em Caruaru há quinze dias, mas antes estava escondido em Campinas, em São Paulo, em virtude de vários integrantes do PCC terem sido presos na Operação Echelon, deflagrada no dia 14 de junho passado, pela Polícia Civil e Ministério Público-SP, para dar cumprir 75 mandados de prisão e 59 buscas e apreensões.
Disse ainda que já perdeu as contas de quantas execuções praticou mediante utilização de arma de fogo (contra rivais) e enforcamento (contra membros do PCC que tenha infringido o Estatuto do PCC), também participou de vários confrontos com utilização de fuzis, contra integrantes do Comando Vermelho e mediou alguns julgamentos, decidindo sobre a execução ou não do indivíduo, seja por ser de facção rival, seja por ter infringido o estatuto do PCC; Por fim disse que é a terceira vez que é preso e que recebe ajuda financeira do PCC para seu sustento.