A ordem para prisão do ex-presidente Lula, emitida pelo juiz Sergio Moro, provocou reações pelo mundo. Lideranças políticas, representantes de movimentos sociais e membros de entidades acadêmicas manifestaram repúdio à decisão do magistrado e realizaram atos em defesa do petista.
Na América Latina, diversas personalidades prestaram solidariedade ao ex-presidente, como o ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya R. "Lula é inocente, socialista e líder político na América Latina. Seu pecado foi enfrentar os EUA, abrir as relações SUL SUL e não obedecer os conservadores que governam o Brasil", colocou, nas redes sociais.
Na Venezuela, movimentos populares foram à embaixada do Brasil em Caracas, nesta sexta (06), para realizar um protesto contra o pedido de prisão. No local, manifestantes exibiam uma faixa com os dizeres: "Lula, amigo. Venezuela está contigo".
Por sua vez, o presidente boliviano Evo Morales disse que "a verdadeira razão da condenação do irmão Lula é impedir que ele volte a ser presidente do Brasil". Segundo ele, "a direita jamais perdoará a ele ter tirado da miséria 30 milhões de pobres" e de estar à frente das pesquisas para as eleições presidenciais de outubro. "Não interessa à oligarquia nem à democracia, nem à justiça", enfatizou Morales.
O partido espanhol Podemos também lançou uma nota com denúncias contra os "ataques à democracia brasileira". O texto resgata o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e cita as recentes declarações do general Villas Bôas, que pregou respeito à constituição e disse que estava atento aos acontecimentos, um dia antes do julgamento do habeas corpus do petista no STF.